Vamos tratar aqui do mais básico e inicial. Geralmente, a partir desse básico, os investidores vão progressivamente sofisticando os investimentos com outros ativos diferenciados.
Para o investidor de longo prazo que é indiferente a receber renda periódica
Dois ativos básicos para começar a investir são
(i) ações, por meio de fundo de índice S&P 500, que investe de forma eficiente nas 500 maiores empresas negociadas nos EUA, e
(ii) renda fixa, por meio de fundo de índice que compra títulos do tesouro dos EUA com vencimentos em até 3 meses.
Exemplos de dois fundos populares que cumprem o papel acims são o IVV (iShares Core S&P 500 ETF) e o SGOV (iShares Core US Aggregate Bond ETF). Esses dois ativos respectivamente representam investimento nas maiores empresas dos EUA, e nos títulos de renda fixa emitidos pelo governo dos EUA com curto prazo de duração.
Um portfólio normalmente vai iniciar a partir desses dois componentes, sendo que a proporção vai depender do nível de risco tolerado pelo investidor.
Importante: clientes que não toleram variações temporárias negativas nos investimentos não devem investir no IVV, pois esse investimento apresenta de tempos em tempos variações negativas relevantes que podem chegar a mais de 20% negativos em períodos de recessão do mercado.
Para o investidor que prefere somente renda fixa, com foco em renda passiva
Nesse caso, os dois ativos básicos são títulos do tesouro dos EUA com vencimento no curto prazo, e certificados de depósito de bancos dos EUA com garantia do FDIC (ou seja, com garantia do governo dos EUA).
Além desses dois ativos básicos, o investidor pode adicionar outros investimentos que, embora tenham algum risco, aumentam o potencial de retorno e renda da carteira. Esse aspecto é importante para clientes que almejem taxas de juros mais elevadas do que o juro básico nos EUA.
Um tipo de ativo popular entre brasileiros com grandes fortunas são os títulos emitidos no exterior por empresas brasileiras. Esses títulos são popularmente conhecidos como “bonds brasileiros”.
Os bonds brasileiros são emitidos por grandes empresas brasileiras e pagam juros elevados para os padrões internacionais. Esses bonds geralmente distribuem rendimentos trimestrais ou semestrais, possuem diferentes prazos de vencimentos, e seu valor de mercado variam diariamente conforme as negociações de compra e venda no mercado.
Se um investidor compra um desses “bonds” e mantém até o vencimento, o investidor receberá o valor investido mais o retorno prometido no início do investimento. Se o investidor precisar vender/resgatar o investimento antes do vencimento, nesse caso o valor de resgate será aquele no momento do resgate antecipado (podendo ser igual, menor ou mesmo maior).
Por fim, para quem busca retornos ainda mais altos, uma classe específica de investimentos em títulos de dívidas são os títulos perpétuos. Esses títulos são particularmente interessantes porque pagam juros passivos mais elevados. Por outro lado, eles não apresentam um vencimento em curto prazo, o que faz com que sejam adequados somente para aquela parcela dos investimentos que os investidores não precisarão sacar no curto prazo. Os perpétuos são bons para poupar para o longo prazo e acumular ganhos.